Suicídio - Edouard Manet
Sobre a ira sutil do cotidiano.
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Depois de um tempo aquela beleza
já não se faz tão bela;
os rostos peculiares da multidão
se perdem distorcidos na igualdade;
a magia deixa de ter cor
e adquire tonalidades cinzas;
o sabor da comida não é mais diverso:
come-se para agradar as tripas;
o sorriso perde a espontaneidade:
sorrir-se para se disfarçar da vida,
que lentamente deságua no oceano
e se perde de si mesma.
(Fabrício de Queiroz)
sábado, 30 de julho de 2016
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