
Eu me agigantei em vermelho para lhe ver diminuído em violeta.
Hoje
Hoje quero você para a janta;
ossos finos, boca carnuda,
me desnuda só com o olhar.
Sua passagem é sinônimo de rosas
espalhadas sobre corpo macio.
Teus seios, a mostra,
tua virgindade pronta a me inundar.
Hoje espero que não termine;
queixo fino, pernas finas,
me espremem ao comichão.
A lembrança de corpo com corpo
em abraço que imita sexo.
A passagem perfumada,
o silêncio da compreensão.
Hoje não lhe tenho;
fala macia, seios fartos,
hipnose suculenta ainda ausente.
Não há gritaria que me desvie
da clareza de teu silêncio.
Teu sorriso de canto, de leito,
essa distração indecente.
Logo hoje, que amanheci saudade,
você ainda não veio.
_Fabrício de Queiroz Venâncio
6 Comentários:
Hahaha! Muito bom!
A gente reconhece as diferentes quando, ausentes, manifestam-se em inspiração!
Adorei esse!
Muito bom, Fabrício.
Logo hoje, que amanheci saudade
(muito bom)
Muito bom, Fabrício. A tua poesia foi uma das que mais me identifiquei na coletânea. Sempre te visitando por aqui. Abraços.
primoww virou um poeta da vida!
aeuhaeuhueah
abraço irmão
saudades!
Lindo, lindo, lindo!!!
Incrivel como geminianos possuem essa alma romântica. Sua poesia levou-me a outros tempos... E tempos de Bons tempos.
Um abraço!!!
como diz o zeca baleiro, a saudade é um filme sem cor que meu coração quer ver
colorido..."
retribuindo a visita.
lindo poema!!
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