quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Prazer, prazer

O Círculo da Luxúria - Willian Blake

Um pouco de um dos nossos principais combustíveis.



Prazer, prazer

Sou um pouco da brisa e da manhã,
Passeio pelas faces, danço pelos ventos
e não concluo nenhum dos meus dias.

Há quem me sinta efêmero,
(como passos de cordeiro)
Quem me faz mal julgamento;
Mas não há quem viva
(e a verdade seja dita)
Sem o toque dos meus dedos.

Sou um pedaço de toda conquista e toda derrota,
Praguejo campos de trigo, eternizo os de batalha
e não há tempo para a glória dos meus feitos.

Salvo os dias mediante amor
(como mãe protegendo a cria)
Rogo ao espírito a força guia
Eternizo escrituras em deleite
(até me fazem versos)
Despejado em folhas macias.


_Fabrício de Queiroz Venâncio

2 Comentários:

Thiers Rimbaud disse...

Começo agradecendo sua visita.. e continuo, espremendo seu poema.

>>>
Sou um pedaço de toda conquista e toda derrota,
Praguejo campos de trigo, eternizo os de batalha
>>>

Sou um biscoito crocante, uma mordida no bombom, o recheio.. humm
mas sou o avêsso de tudo.. a roupa amassada, a barba por fazer, a tristeza da lágrima, a dor do cansaço, sou todas essas coisa e não por escolha.Apenas sou, e sou por ser humano. Corto-me no soluço e sorrio no beijo do amor.
Parabéns Fabrício.

Jnior sampaio disse...

ki poema! vc ta mto bom cabeça!

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