
Entreato
Os bodes secos expostos ao Sol,
pastam na grama amarela
- entre a aurora e o crepúsculo.
Prematuro até mesmo para andar,
diminuto, o filhote alimenta a família
- entre a vida e a morte.
O poço só pode ser vigiado,
água é saudade parceira da fome;
- entre o barro e o cansaço,
esperança feito areia entre dedos.
_Fabrício de Queiroz Venâncio
5 Comentários:
Bonito poema sobre um tema delicado.
Obrigada por seu comentário, Fabrício.
Beijo.
Não, irmão.
Este não é um poema bonito.
Estou farto da beleza em tudo!
Você continua escrevendo muito bem,
mas o adjetivo deste poema é "duro" ou "sofrido" ou "bizarro".
Um abraço
Estou de volta!
Chega!
Eu vejo sol, eu vejo grama
A grama some, eu vejo o chão
O chão some eu vejo um bode magro e uma família de gente magra
Eu vejo o poço, eu vejo um menino do lado do poço
Eu vejo o chão de novo.
É tudo o que eu sei.
São por essas e outras que me orgulho de você cara!
really an eye opener for me.
- Robson
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