Canibal, começou devorando os dedinhos dos pés. Do pé direito, que não tinha marca de nascença. Seguiu pela carne interna das coxas e se engasgou ao engolir os pêlos finos. Não se importou com os gritos da dor; aos seus ouvidos, soava melodia. Eliminou a gordurinha acumulada na barriga com dentes afiados. Com uma única tacada arrancou um mamilo e fez churrasco de pescoço. Cheiro de carne queimada. A melodia tropeçou no engasgo. Completou a refeição com bochechas e lábios. Cortou o clitóris com a unha e serviu-se empanado. Na beira da cama, um cabernet sauvignon barato para engolir tudo. Sem tosse.
Estudo da carne
Esperança vã
consolo
temperança.
A princesa descorada
cavalga só
um cavalo manso.
Alfinetadas na bunda
projétil de imensidão.
Saudade só
doença sã.
_Fabrício de Queiroz Venâncio
3 Comentários:
vc tá cada vez maia denso, meu irmão. Quero seu google talk, manda aí!
Esfomeado. O cabernet dá tom certo para a gélida ocasião.
MEDO! essa tenho que compartilhar!
Postar um comentário