
Esse é outro poema que escrevi junto com Max. Particularmente acredito que esse é o melhor dos que foram frutos de uma parceria.
Fala sobre o que se abandona, sobre o que é seco e desolado.
Paisagem
"Somente a ovelha negra fica impune / Enquanto o bom pastor toca a sua flauta" (Luís Antonio Cajazeira Ramos)
Há um cacto morto na linha do horizonte
Esta terra, de não sei onde, já não é verde.
Estes rios secos sem inverno nem utilidade
Fornecem a imagem tal qual a de um deserto.
Andarilho dos sonhos partidos, cansados
Caminha em busca de sua musa Felicidade.
Com todas as suas verdades negadas
Segue fantasma, segue enfermo, coitado.
Água: só a lembrança do poço vazio
Sombra: só a das rachaduras
Vida: só a do aroma da semente murcha
Alegria: não aqui, junto ao estio.
No caminho acha um pasto, bonito pasto
Onde sós ovelhas negras residem o sonho pastoril.
_Fabrício de Queiroz Venâncio & Max da Fonseca
5 Comentários:
Qual foi a sua inspiração para esse poema? Eu estou apenas perguntando porque é muito difícil uma pessoa escrever um poema tão longe da sua realidade sem ter nada que a tenha tocado sobre o tema.Ou o poema é tão abstrato ao ponto de não ter entendido o subliminar, rsrs... Pois sim, eu achei muito bonito. Um romântico do sertão, talvez XD
Ficou muito bom!!!
Palavras em perfeita harmonia...
Soube expressar com realidade e ao mesmo tempo romantismo o sertão!
Parabéns...
Também gostei muito do teu blog ^^
Estive aqui. Cheguei de mansinho, desconfiado... saí com uma sensação gostosa de quero mais... voltarei.
é como se eu estivesse em casa e descalça!
cheirosss
Um dia Max me disse que você foi o inspirador dele.. e não é que inpirador e aprendiz deram uma boa dupla. Não é pra menos, sou realmente fã de vcs dois!
Quanto ao poema... extremamente sensível, com imagens ótimas e uma narrativa tocante!
Adorei!
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