sexta-feira, 3 de abril de 2009

Fim de festa

A Mulher Bêbada - Jan Steen


Não, não estou com preguiça de escrever. Ao menos não é preguiça, é a letargia que vem depois de uma crise ou de um fim.



Fim de festa

Odor de tabaco no ar e nos cantos;
o cigarro apagado, o cinzeiro emborcado.
Não é fim de Quaresma, ou São João;

no chão, o esperma:
corpos dormentes do cansaço.
Eu, em algum vão embriagado,
troco tudo, erro paredes.

Esqueço, é fim de festa.


_Fabrício de Queiroz Venâncio

6 Comentários:

Rafiki Papio disse...

O fim é sempre inevitável, esquecer é opcional.

O fim sempre deixa odores nos cantos, creio eu.

Paula Barros disse...

Outras festas virão.
Ao tatear parede
Encontra-se portas
Janelas
O fim, pode se tornar um novo começo.

Um poema que me fez pensar.

bom domingo!

Willa disse...

Acontece!

Beijos.^^

Bruna Rocha disse...

Imagens bem peculiares... pelas quais quase todos já passamos!

Eloah Borda disse...

Obrigada pela visita, e pelo carinho, mas, como disse, ainda estou meio "devagar". Uma Feliz Páscoa.
Abraço.

Max da Fonseca, disse...

Versos familiares.


Só saio no lixo!

Postar um comentário