Não, não estou com preguiça de escrever. Ao menos não é preguiça, é a letargia que vem depois de uma crise ou de um fim.
Fim de festa
Odor de tabaco no ar e nos cantos;
o cigarro apagado, o cinzeiro emborcado.
Não é fim de Quaresma, ou São João;
no chão, o esperma:
corpos dormentes do cansaço.
Eu, em algum vão embriagado,
troco tudo, erro paredes.
Esqueço, é fim de festa.
_Fabrício de Queiroz Venâncio
6 Comentários:
O fim é sempre inevitável, esquecer é opcional.
O fim sempre deixa odores nos cantos, creio eu.
Outras festas virão.
Ao tatear parede
Encontra-se portas
Janelas
O fim, pode se tornar um novo começo.
Um poema que me fez pensar.
bom domingo!
Acontece!
Beijos.^^
Imagens bem peculiares... pelas quais quase todos já passamos!
Obrigada pela visita, e pelo carinho, mas, como disse, ainda estou meio "devagar". Uma Feliz Páscoa.
Abraço.
Versos familiares.
Só saio no lixo!
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